O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que eleva para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, prorrogando o início da medida para o dia 6 de agosto e incluindo uma lista com 694 produtos isentos da sobretaxa. Entre as exceções estão setores como petróleo, minérios, fertilizantes, celulose e aviões civis, que representam cerca de 43% das exportações brasileiras para os EUA.
Apesar das isenções, produtos agrícolas importantes para o Brasil, como carne, frutas e café, não foram contemplados, permanecendo sujeitos à tarifa de 50%. A Casa Branca justificou a medida citando preocupações com ações políticas do governo brasileiro, incluindo o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe.
Entre os principais produtos que ficaram de fora da tarifa estão:
- Castanhas-do-brasil (frescas ou secas, com casca)
- Polpa e sucos de laranja
- Petróleo e derivados
- Minério de ferro, estanho e carvão
- Fertilizantes minerais e químicos
- Celulose e polpa de madeira
- Aviões civis, motores, peças e componentes aeronáuticos
- Metais preciosos como prata e ouro na forma de lingote
Por outro lado, itens como carne bovina, café e algumas frutas não foram incluídos nas isenções e sofrerão a tarifa de 50%.
A extensa lista de exceções reduz o impacto direto para consumidores americanos, que dependem de insumos como minérios e aeronaves da Embraer. No entanto, setores excluídos das isenções devem sofrer perda de competitividade, com riscos de retração em áreas estratégicas da economia brasileira. O governo do Brasil já prepara planos de contingência para minimizar os efeitos da nova tarifa.
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