A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta em agosto sobre o aumento expressivo de casos de sarampo nas Américas. O número de registros subiu 34 vezes em relação a 2024, totalizando mais de 10 mil confirmações e 18 mortes em dez países da região.
As mortes se concentraram no México, com 14 ocorrências, nos Estados Unidos, com três, e no Canadá, com uma. No Brasil, até o fim de agosto, foram contabilizados 24 casos, a maioria no Tocantins. Embora o país figure entre os de menor incidência, especialistas mantêm atenção em razão da alta transmissibilidade do vírus.
De acordo com a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios da Fiocruz, Marilda Siqueira, é necessário atingir ao menos 95% de cobertura vacinal para conter a propagação. Ela destacou que a maioria dos casos de 2025 foi registrada entre pessoas não vacinadas ou sem situação vacinal conhecida.
No Brasil, a vacinação contra o sarampo integra o calendário nacional, com aplicação da tríplice viral aos 12 e 15 meses de idade. Após queda nos índices, a cobertura vacinal voltou a crescer a partir de 2023. O número de municípios que alcançaram a meta mínima dobrou entre 2022 e 2024, segundo o Ministério da Saúde.
Em resposta ao cenário regional, o governo federal tem realizado campanhas em áreas de fronteira e dias D de vacinação em diferentes estados. A mobilização busca ampliar a imunização, mas especialistas alertam que o sucesso depende da adesão da população.
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