O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), embaixador André Corrêa do Lago, divulgou neste domingo (9) sua décima e última carta à comunidade internacional, convocando os países a fazer de Belém o ponto de partida para um novo ciclo de ação climática. A conferência começa nesta segunda-feira (10), reunindo representantes de quase 200 nações.
No documento, Corrêa do Lago afirma que a COP30 pode representar o “momento em que a humanidade recomeça”, ao restabelecer a aliança entre as pessoas e o planeta. Segundo ele, o desafio é transformar a coragem em responsabilidade e fazer da conferência um marco de cooperação global.
De acordo com o embaixador, o principal objetivo é garantir que as negociações avancem de forma unida, com base na inteligência coletiva das nações. Ele destacou que o encontro de Belém deve priorizar a implementação de uma agenda de mudanças concretas, reforçando o multilateralismo e acelerando o cumprimento das metas do Acordo de Paris.
Corrêa do Lago também relembrou a trajetória das discussões ambientais desde a ECO-92, no Rio de Janeiro, e afirmou que a COP30 deve honrar esse legado com uma postura de ação conjunta. Em suas palavras, é hora de transformar as negociações em um “laboratório de soluções” e construir um “mutirão global pelo progresso compartilhado”.
A carta foi divulgada na véspera do início das negociações, que terão como foco as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), compromissos de cada país para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Brasil assumiu a meta de cortar entre 59% e 67% de suas emissões até 2035, abrangendo todos os setores da economia. Até o momento, 79 países apresentaram suas metas, representando 64% das emissões globais.
A expectativa é que as discussões em Belém avancem no financiamento climático e na definição de mecanismos que apoiem os países em desenvolvimento na transição para uma economia mais sustentável.
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