Começou a ser vendida nesta semana a primeira caneta injetável para obesidade produzida integralmente no Brasil. O medicamento, chamado Olire, foi desenvolvido pela farmacêutica EMS e tem como princípio ativo a liraglutida, substância usada para reduzir o apetite e controlar o peso. A empresa também lançou o Lirux, indicado para diabetes tipo 2. Os dois serão aplicados uma vez ao dia, por injeção subcutânea no abdômen, braço ou coxa.
Os preços partem de R$ 307,26, com promessa de ficarem entre 10% e 20% abaixo dos concorrentes de referência. Segundo a EMS, a aprovação da Anvisa foi obtida no fim de 2024, com reconhecimento de que se trata de um novo medicamento e não de um genérico. A farmacêutica prevê distribuir 200 mil canetas até o fim de 2025 e mais de meio milhão no ano seguinte. Para 2026, também está previsto o lançamento de uma versão com semaglutida, substância aplicada semanalmente.
Veja o que diferencia os dois medicamentos da EMS:
Olire – Indicado para obesidade, atua na regulação do apetite e ajuda na perda de peso.
Lirux – Recomendado para diabetes tipo 2, contribui para o controle glicêmico e redução de riscos cardiovasculares.
Com a alta na procura por esse tipo de produto, a Anvisa endureceu as regras para a venda dos chamados análogos de GLP-1, como Ozempic e Wegovy. Desde junho, farmácias são obrigadas a reter a receita médica, emitida em duas vias, e registrar toda a movimentação do estoque. A validade da prescrição é de até 90 dias.
Especialistas alertam para os riscos do uso sem acompanhamento médico e para o consumo de versões manipuladas ou vendidas fora de farmácias. Apenas medicamentos aprovados pela Anvisa têm eficácia e segurança comprovadas.
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