Câmara de Belém aprova em 1º turno projeto que autoriza 'naming rights' em bens públicos - Estado do Pará Online

Câmara de Belém aprova em 1º turno projeto que autoriza ‘naming rights’ em bens públicos

Proposta do prefeito Igor Normando (MDB) pretende permitir que empresas adicionem marcas a espaços públicos como forma de captação de recursos.

A Câmara Municipal de Belém aprovou em primeiro turno, nesta quarta-feira (14), o projeto de lei do prefeito Igor Normando (MDB) que autoriza a prefeitura a firmar contratos com a iniciativa privada para exploração de “naming rights” em bens públicos. A medida visa permitir que empresas adicionem seus nomes a locais como praças, parques e centros esportivos, em troca de investimentos ou contrapartidas financeiras.

O modelo já é utilizado em diversas cidades do Brasil, especialmente em estádios de futebol, como o “Morumbis”, em São Paulo. Em Belém, locais tradicionais como o Bosque Rodrigues Alves ou o Portal da Amazônia podem vir a receber nomes comerciais, desde que o projeto seja aprovado em definitivo e sancionado.

O projeto ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara para ser encaminhado à sanção do Executivo. A proposta levanta debates sobre o equilíbrio entre arrecadação pública e preservação do patrimônio cultural e simbólico da cidade.

A capital paulista já vivenciou polêmicas semelhantes. Um caso emblemático foi o da tentativa de nomeação do Largo da Batata como “Largo da Batata Ruffles”, em 2023. A negociação gerou uma liminar da Justiça após questionamentos do Ministério Público, mas posteriormente a lei foi liberada, com a justificativa de que o Estado de São Paulo já permite a prática no Metrô. A empresa e a prefeitura paulistana acabaram desistindo do projeto.

Agora, em Belém, o projeto de Igor Normando segue o mesmo caminho adotado por outras capitais, com a promessa de gerar receita para manutenção de espaços públicos, mas também sob os olhos atentos da população e de órgãos de fiscalização.

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