A COP30 já chegou ao fim, mas um fenômeno paralelo ao debate climático continua movimentando as redes sociais e plataformas de compra e venda: a corrida pelos brindes do evento. Na internet, itens simples como garrafas, pins, bonés e bolsas — oficiais ou não — passaram a aparecer com preços considerados abusivos, chamando a atenção de influenciadores e consumidores. Na OLX, a combinação entre raridade e demanda criou um mercado improvisado que rapidamente viralizou.
O alerta veio do criador de conteúdo Dan Contro, que publicou um vídeo em seu perfil no Instagram denunciando a “inflação dos souvenirs” da conferência. Em tom irônico, ele exibiu anúncios que, segundo ele, desafiam qualquer lógica. Entre os exemplos, uma garrafa com a logo do Curupira, mascote da COP30, ofertada por R$ 300; um pin oficial da China também por R$ 300; e outra garrafa trazida do Catar anunciada por R$ 200.
A COP30 já chegou ao fim, mas um fenômeno paralelo ao debate climático continua movimentando as redes sociais e plataformas de compra e venda: a corrida pelos brindes do evento. pic.twitter.com/53OiZHbhaV
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) November 26, 2025
A publicação repercutiu principalmente pela crítica ao exagero dos preços — e pela piada de Dan ao comparar um pin nacional do Curupira, vendido por “apenas” R$ 100, como “desvalorizado por ser brasileiro”. O humor, no entanto, veio acompanhado de um desconforto real sobre a especulação ao redor de objetos distribuídos durante o evento.
Uma busca rápida na OLX de Belém confirma a tendência. Basta procurar por “COP30” ou “brindes COP” para encontrar dezenas de anúncios de produtos oficiais, colecionáveis ou personalizados. A lista inclui bonés, colares, bolsas temáticas, bottons exclusivos e pins de delegações estrangeiras. Também há itens artesanais inspirados na conferência, como biscoitos decorados e caixas de miriti criadas especialmente para presentear participantes.
Os anúncios aparecem espalhados por categorias como “Acessórios”, “Bijuterias” e até “Serviços”, indicando uma rede informal de vendedores atentos ao apelo simbólico da COP30. Para alguns compradores, trata-se de uma oportunidade de colecionar peças históricas. Para outros, o fenômeno representa apenas mais um capítulo da economia paralela que costuma surgir em torno de grandes eventos globais.
Enquanto Belém ainda discute o legado ambiental, político e social da conferência, a febre dos brindes digitaliza uma outra face da COP: aquela movida por lembranças, coleções e, principalmente, pelo impacto que o evento deixou no imaginário popular.
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