Nesta segunda-feira (9) o Supremo Tribunal Federal inicia uma etapa decisiva do julgamento que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após o fim de seu mandato. A ação penal, considerada uma das mais relevantes da Corte nos últimos anos, coloca no banco dos réus nomes centrais do antigo governo.
O Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo começam a ser interrogados presencialmente nesta segunda-feira no STF, em ação penal que apura uma tentativa de subversão institucional. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, comandará as audiências até sexta-feira, com sessões transmitidas pela TV Justiça e segurança reforçada.
Réus como Mauro Cid, Augusto Heleno, Anderson Torres e Alexandre Ramagem estarão lado a lado na sala de sessões da Primeira Turma do STF, adaptada para receber os depoimentos com estrutura semelhante à de um tribunal do júri. A exceção será Braga Netto, que permanece preso no Rio de Janeiro e participará por videoconferência.
O primeiro a ser ouvido é Mauro Cid, delator do caso, conforme determina a lei para garantir o direito de defesa dos demais. A ordem dos depoimentos segue a sequência alfabética, com Bolsonaro previsto como o sexto a falar. Todos os réus estão proibidos de se comunicarem entre si, podendo apenas se cumprimentar.
As sessões começam às 14h e não têm tempo limite para os depoimentos. Moraes abrirá as perguntas, seguido pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e depois pelas defesas. Os réus podem exercer o direito de permanecer em silêncio, evitando responder a questionamentos que possam incriminá-los.
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