A Bienal das Amazônias vai promover, nesta quinta-feira (26) e sexta-feira (27), visitas mediadas “Artivando Sonhos”. A equipe educativa propõe ao público a oportunidade de vivenciar a exposição pela perspectiva de pesquisadores, artistas e lideranças convidadas, para compreender suas ideias acerca das obras que compõem a 2ª Bienal das Amazônias. Marley Silva e Márcia Kambeba são as primeiras convidadas do programa educativo.
A pesquisadora e docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Marley Silva, inicia as atividades nesta quinta-feira (25), às 14h. Marley Silva traz em sua pesquisa reflexões sobre mulheres negras, educação e histórias da Amazônia. Sua mediação parte da perspectiva da negritude presente na Amazônia em um momento de partilha que considera de maneira profunda a participação das mulheres negras na história da região.
“Meus diferentes trabalhos têm sempre partindo desse ponto: de como mãos femininas negras têm colaborado para tecer a história desse território e de como essas narrativas/pesquisas históricas devem ser amplificadas e a Bienal está promovendo isso. A Bienal permite essa bonita confluência, que inclui a presença da população negra”, pontuou a pesquisadora.
Trazendo reflexões que nascem da experiência de ser amazônida, indígena, pesquisadora e escritora, Márcia Kambeba conduz a visitação de sexta-feira (26), às 14h. Márcia explica que compartilhar suas ideias é colocar em circulação outras epistemologias, que mostram que o conhecimento também está na oralidade, na escuta dos mais velhos, no ritmo das águas, na dança, nos grafismos e nos silêncios.
“A Bienal cria uma arena de diálogo intercultural e interdimensional, onde minha palavra não é só individual, mas ecoa junto com as vozes das mulheres, dos parentes, dos encantados e da própria floresta. Compartilhar nesse momento é também um gesto político: resistir às narrativas que reduzem a Amazônia a um recurso natural ou a um ‘pulmão do mundo’. É dizer que somos mais que paisagem, somos sujeitos históricos, criadores de literatura, ciência e arte, e temos muito a oferecer ao debate global”, reforçou.
A 2ª Bienal das Amazônias pode ser visitada no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), de quarta a quinta, das 9h às 17h; de sexta a sábado, das 10h às 20h; e nos domingos e feriados das 10h às 15h. Última entrada sempre 1 hora antes do fechamento.
SERVIÇO
Visita mediada “Artivando Sonhos”
Entrada gratuita
Quinta-feira (25), com Marley Silva
Sexta-feira (26), com Márcia Kambeba
Hora: 14h
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) – R. Senador Manoel Barata, n° 400 – Campina
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