Nos primeiros dois meses de 2025, Belém apresentou uma redução significativa de 82,8% nos casos confirmados de dengue, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, a cidade registrou apenas 182 casos entre janeiro e fevereiro deste ano, contra 1.048 no mesmo intervalo de 2024.
Esse resultado positivo é atribuído diretamente às ações preventivas implementadas pela nova gestão municipal, que tem se dedicado ao controle do mosquito Aedes aegypti. O planejamento antecipado e as ações contínuas de combate têm sido cruciais, principalmente durante o período de chuvas intensas, comum no inverno amazônico, quando a proliferação do mosquito tende a aumentar.
Medidas intensificadas de prevenção
As visitas diárias às residências para vistorias minuciosas em locais propensos à proliferação do mosquito foram intensificadas. Além disso, a Prefeitura de Belém tem promovido mutirões nos bairros com maior número de notificações de dengue. Os bairros que mais se destacam em 2025, até o momento, são Jurunas, Marco e Telégrafo. Em 2024, os bairros mais afetados foram Guamá, Pedreira e Terra Firme.
Comparativo de casos confirmados
- 2024 (Semana Epidemiológica 1 a 10):
- Pará: 6.152 casos confirmados
- Belém: 1.048 casos confirmados
- 2025 (Semana Epidemiológica 1 a 10):
- Pará: 2.501 casos confirmados
- Belém: 182 casos confirmados
Plano de combate às arboviroses para 2026
Com o objetivo de continuar o combate às arboviroses, a Prefeitura de Belém já está se preparando para a implementação de novas tecnologias. Em 2026, será introduzida a Estação Disseminadora de Larvicidas (EDL), uma inovação desenvolvida pela Fiocruz Amazônia. A tecnologia utiliza a fêmea do mosquito Aedes aegypti para dispersar larvicidas, impedindo o desenvolvimento das larvas e pupas. A novidade será apresentada na próxima quarta-feira, 13 de março, em Belém, durante uma demonstração técnica da Fiocruz Amazônia.
A EDL tem mostrado resultados positivos em outras 14 cidades brasileiras e será expandida para a capital paraense como uma estratégia adicional para reduzir a infestação do mosquito e, consequentemente, a propagação das doenças.
Ampliação da cobertura vacinal contra a febre amarela
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) também destaca a importância de aumentar a cobertura vacinal contra a febre amarela, especialmente nas áreas rurais e entre pessoas que viajam para regiões de risco. Embora a febre amarela urbana tenha sido erradicada, a variante silvestre ainda representa uma ameaça. Atualmente, a cobertura vacinal em Belém é de 54,4%, e todas as salas de vacinação estão abastecidas com o imunizante.
A Prefeitura segue empenhada em fortalecer as ações de controle e prevenção das doenças, promovendo um ambiente mais seguro para a população.
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