Belém apresenta resultados do Primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa

Durante sete meses (junho a dezembro) de 2023 foram levantados os dados dos setores que mais contribuíram com as emissões de gases de efeito estufa (GEE), no período de 2018 a 2022.

Foto: divulgação

A Prefeitura de Belém divulgou na última quinta-feira (11), o Primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (IGEE) do município. O evento ocorreu no auditório Vicente Salles, na sede da Fumbel, na Av. Governador José Malcher, no bairro de Nazaré.

Durante sete meses (junho a dezembro) de 2023 foram levantados os dados dos setores que mais contribuíram com as emissões de gases de efeito estufa (GEE), no período de 2018 a 2022.

Os gases de efeito estufa resultam da queima de combustíveis fósseis no transporte, geração de energia, tratamento de resíduos sólidos coletados, indústrias e uso da terra pela agricultura e pecuária.

O estudo considerou os setores de transporte, energia estacionária, resíduos sólidos e agricultura, floresta e outros usos da terra. Como Belém não possui um polo industrial, este setor tem contribuição pouco significativa, mas a metodologia considerou emissões que possam vir de outros municípios com influência na capital.

O setor de transporte, principalmente o particular, que queima gasolina, é o principal emissor de GEE no município. Em 2018 emitiu 881 mil toneladas de gás carbônico (CO2), cerca de 52% do total de 1,69 milhão de toneladas produzidos naquele ano na capital.

Embora apresente uma redução, em 2022, o setor produziu 853 mil toneladas de CO2, correspondendo a 57% do total de 1,50 milhão de toneladas que poluíram a cidade.

O segundo maior emissor, no período analisado, foi o de energia estacionária, com destaque para o uso de energia elétrica e do gás de cozinha (GLP). O setor produziu 23% das emissões em 2018 e 20% do total em 2022.

As emissões provenientes da disposição de resíduos sólidos coletados no município vêm em terceiro. Em 2018, respondeu por 22% das emissões e, em 2022, com cerca de 23%. 

O setor de AFOLU (agricultura, floresta e outros usos da terra) figura como o menor emissor de gases de efeito estufa. Sua contribuição foi, em média, cerca de 3% das emissões totais da cidade.

Plano de Enfrentamento

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (IEGEE) é uma ferramenta essencial para que o município possa compreender seu perfil de emissões e, a partir dessa realidade, definir estratégias de redução mais compatíveis com seu contexto. 

A partir do inventário, é possível compreender as principais fontes de emissões e criar uma visão comum dos esforços necessários para fortalecer Belém como uma cidade de baixa emissão de gases de efeito estufa.

Por isso, será base importante para a construção coletiva do Plano Municipal de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, que está sendo elaborado sob a coordenação do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas.

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