Batedores de açaí protestam contra horário de compra estabelecido pela prefeitura de Belém

Batedores de açaí reclamaram da portaria estabelecida pela prefeitura sobre o horário de compra e venda do fruto nas feiras da cidade.

Batedora de açaí discutindo com servidor da Secon
Reprodução. O horário de de compra e venda do açaí não têm agradado os batedores.

Na manhã desta segunda-feira (15), batedores de açaí e barqueiros foram impedidos de comprar o fruto por servidores da Secretaria Municipal de Economia (Secon). Tudo aconteceu quando uma batedora, que tem um empreendimento chamado “Açaí da Lays”, discutiu com um dos servidores. 

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a moça aparece conversando com um homem que a impede de comprar açaí com barqueiros que estavam encostados na Feira do Açaí, localizada no Complexo do Ver-o-Peso, em Belém. 


O problema, segundo os trabalhadores, vem ocorrendo desde uma reunião realizada no dia 24 de março entre a Secon e a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém e Região Metropolitana (Avebel). Nessa reunião, foi estabelecido, por meio da Portaria N° 41/2024, que somente é permitido o comércio de açaí na feira entre 20h e 6h. Essa portaria foi instituída com base no Decreto Municipal nº 39326, de 10 de outubro de 2001, que regula o uso do Complexo Ver-o-Peso.

Divulgação. Portaria publicada pela Secon no dia 22 de março.

No vídeo, a moça afirma que ela e os vendedores que estavam no local não se sentem representados pela Avabel. 

Uma das pessoas presentes no local explicou o motivo pelo qual o açaí precisa ser vendido no mesmo dia. Ela esclareceu que, além de ser um produto perecível, muitas pessoas dependem dele, seja para o processamento, como os produtores, ou para o transporte de volta às suas residências, que geralmente estão localizadas no interior do estado, no caso dos barqueiros.

“O açaí que não é comercializado depois das 7 horas da manhã, fica preso no barco correndo o risco de apodrecer e ficar sem condições de manuseio. O Barqueiro acaba ficando com pouco açaí tendo que comercializar no outro dia. Com esse atraso de viagem o Barqueiro fica mais dias na cidade e o açaí aqui em Belém, já que já está caro, sobe ainda mais”, disse.

O Estado do Pará Online entrou em contato com a prefeitura de Belém para saber mais saber mais detalhes sobre o caso e possíveis medidas que devem ser tomadas. Aguardamos um posicionamento.

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