A disputa pela sede da 31ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP31), prevista para 2026, está ganhando força. Austrália e Turquia são os principais candidatos, e o governo australiano voltou a manifestar seu interesse em receber o evento, enfatizando o protagonismo e a vulnerabilidade das nações do Pacífico diante da crise climática.
Durante uma entrevista realizada nesta quinta-feira (13), representantes da Austrália apresentaram as ações e compromissos do país para liderar o debate climático global. Eles destacaram que sediar a conferência seria uma oportunidade de fortalecer a cooperação internacional e dar mais visibilidade aos desafios enfrentados pelos países insulares da região, frequentemente ameaçados pela elevação do nível do mar e por eventos climáticos extremos.
“A região do Pacífico é uma das que mais sofrem com a crise climática. Por isso, a Austrália tem interesse em sediar a COP31, para promover a discussão climática em benefício da população, não apenas dos australianos, mas de todo o mundo”, disse Richard Merzian, executivo da delegação australiana.
A apresentação foi seguida por uma performance cultural aborígene, em um gesto simbólico que ressaltou a importância da conexão entre os povos originários australianos, o meio ambiente e a necessidade urgente de proteger o planeta.
“São vidas envolvidas nesse contexto de crise climática, que precisam ser preservadas para que a cultura dos nossos povos originários continue viva, não apenas porque vivem em harmonia com a natureza, mas porque são seus principais protetores”, completou.
Caso seja escolhida, esta será a primeira vez que a região do Pacífico sediará uma COP, marcando um momento histórico para o debate climático global, assim como ocorreu com a Amazônia, que ganhou destaque internacional ao ser escolhida como sede da COP30, em 2025.
“A COP30 em Belém está sendo um sucesso, principalmente por ocorrer na Amazônia. Da mesma forma, a realização do evento no Pacífico seria um reconhecimento da importância estratégica e ambiental dessa região no enfrentamento das mudanças climáticas”, concluiu Merzian.
Com a decisão final sobre a sede prevista para os próximos meses, a Austrália busca se consolidar como liderança regional no combate às mudanças climáticas, enquanto a Turquia também intensifica sua campanha diplomática para receber a conferência.
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