Às vésperas da COP30, que será sediada em Belém, a situação de Pedro Paulo — defensor ambiental e integrante do GAPE — volta a atrair atenção do público. Após mais de 20 dias desaparecido, o ativista reapareceu em um vídeo publicado nesta segunda-feira (26), no qual confirma estar em Manaus, revela plano de buscar refúgio na Costa Rica e pede apoio institucional para garantir sua integridade física.
Refugiado no Amazonas, Pedro Paulo divulgou uma “prova de vida” por meio das redes sociais do GAPE e declarou que pretende deixar o Brasil em direção à Costa Rica, onde seguirá defendendo o Acordo de Escazú. No vídeo, o militante ambiental solicita acompanhamento da Comissão de Direitos Humanos da OAB Amazonas e afirma que irá se apresentar à Delegacia de Cachoeirinha para tratar de sua segurança.
Apesar das visitas da Polícia Civil à sua residência em Manaus, Pedro afirma não se sentir seguro. Em sua fala, reforça que tem sido perseguido por denunciar crimes ambientais ligados à especulação imobiliária em áreas de preservação de Belém, especialmente no entorno do Parque Ecológico Gunnar Vingren, foco de denúncias feitas pelo grupo GAPE.
Segundo os ativistas do GAPE, o caso de Pedro Paulo é emblemático dos riscos enfrentados por defensores ambientais no Brasil. O grupo cobra atenção ao cumprimento do Acordo de Escazú — tratado internacional que garante proteção a ativistas ambientais — e critica a ausência de respostas efetivas das autoridades estaduais e federais até o momento.
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