O ativista Sarbaz Rezvi participou da COP30, em Belém, com uma mensagem considerada urgente: é preciso interromper o genocídio contra o povo palestino e reconhecer os impactos ambientais provocados pela guerra. Segundo ele, o evento climático não pode ignorar as crises humanitárias que acontecem simultaneamente.
“Não podemos ignorar o genocídio e depois prestar atenção às árvores, aos animais e ao meio ambiente. No final, trata-se de seres humanos”, afirmou Rezvi durante o evento.
O ativista argumenta que o propósito de proteger o meio ambiente é garantir que as pessoas possam viver e assegurar a vida das próximas gerações.
Rezvi declarou que o genocídio e o ecocídio continuam, mesmo após períodos de cessar-fogo em Gaza. Ele afirma que a destruição causada pelos ataques israelenses afeta o ar, o solo, o gado e a vegetação da região, comprometendo o futuro das próximas gerações.
“O ar, o solo, o meio ambiente, o gado e as árvores de Gaza foram todos destruídos nestes dois anos. As próximas gerações não têm oportunidade de viver como seres humanos”, disse.
O ativista também denunciou o uso de armamentos que provocam contaminação prolongada, como fósforo branco e bombas bunker busters com urânio empobrecido, supostamente utilizados em Gaza e no sul do Líbano. De acordo com ele, esses materiais tornam o solo “quase impossível de ser descontaminado” e afetam países vizinhos como Líbano, Síria e Irã.
Rezvi afirmou ter enfrentado uma longa jornada até Belém para levar a mensagem à COP30, que, segundo ele, “está incompleta sem esse alerta”. “A COP30 é o melhor lugar para pedir a libertação da Palestina. Precisamos fazer algo para travar o genocídio e o ecocídio que estão sendo cometidos”, completou.