Na quinta-feira (28), o Tribunal de Justiça do Pará iniciou o julgamento de Sandro Nascimento Ferreira Branco, assessor do deputado federal licenciado Éder Mauro (PL), por lesbofobia contra a vereadora Bia Caminha (PT), da Câmara Municipal de Belém. Este é o primeiro caso de lesbofobia contra uma parlamentar a ser analisado pelo sistema judicial brasileiro.
As ofensas foram divulgadas em 2022 nas redes sociais por Branco, que é conhecido como um dos assessores mais próximos de Éder Mauro. O deputado, que é candidato à prefeitura de Belém e figura controversa na política local, tem seu assessor envolvido em outras polêmicas. Branco também foi identificado como um dos líderes de movimentos antidemocráticos no Pará, segundo um relatório da Polícia Civil do estado. O documento revela que ele organizou eventos que pediam intervenção militar, utilizando diversos recursos logísticos para apoiar os protestos.
A vereadora Bia Caminha, que se destaca na defesa dos direitos LGBTQIA+, vê o julgamento como um marco para a luta contra a LGBTfobia e a violência política. Em entrevista ao Brasil de Fato, ela destacou a importância de enfrentar a violência e o preconceito na política, afirmando que a situação é um ataque não apenas a um indivíduo, mas à representatividade de toda a comunidade LGBTQIA+.
O julgamento ocorreu no Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, e movimentos de defesa dos direitos LGBTQIA+ convocaram uma manifestação em frente ao tribunal para apoiar a vereadora. Caminha acredita que processos como esse são essenciais para enviar uma mensagem clara de que a violência e o preconceito não serão tolerados e que aqueles que cometem crimes de ódio devem ser responsabilizados.
Fonte: Brasil de Fato
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