As contradições de Edmilson e a dependência de Lula e Helder para sua reeleição

Helder, Lula e Edmilson
Em um encontro no galpão da CDP no dia 17 de Junho, o governador Helder Barbalho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Edmilson Rodrigues anunciaram investimentos em Belém, visando à Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025.

Amigos e pessoas próximas ao prefeito de Belém dizem que depois de passar por duas internações hospitalares por conta da COVID-19, ele não é mais o mesmo. Segundo comenta-se no meio político, seja em reuniões em seu gabinete ou em falas públicas é comum ouvir e ver o prefeito meio que no mundo da lua, como se estivesse sob o efeito de alguma sequela por conta do Coronavírus.

Em entrevista coletiva no fim da Cúpula Amazônica, Edmilson Rodrigues (PSOL) caiu em uma pegadinha proposta pelo repórter Bruno Rodrigues, da RedeTV! Belém, que perguntou se ele, o prefeito de Belém, diante dos altos índices de reprovação de sua gestão e de rejeição por parte dos eleitores, esperava ser reeleito prefeito em 2024, para em 2015, continuar à frente da prefeitura, quando estará sendo realizada a COP30 em Belém.

Sem pensar direito no que iria dizer, Edmilson respondeu de forma açodada e áspera, dizendo que não pensava no assunto e que será prefeito até dezembro de 2024.

Logo em seguida, já sob o efeito midiático de sua desastrosa declaração e orientado por assessores, Edmilson resolveu gravar um vídeo para suas redes sociais, onde desdisse e fez uma espécie de retratação sobre o que disse.

A emenda saiu pior do que o soneto, pois em sua nova declaração sobre a possibilidade de disputar a reeleição, Edmilson acabou revelando o desprezo que tem pelo eleitor belenense, subjulgando-o a meros expectadores da cena política, ou quem sabe, tem a garantia de que o poder financeiro e midiático que pode receber do presidente Lula (PT) e do governador Helder Barbalho (MDB) podem lhe garantir uma nova vitória eleitoral em 2024, mesmo que hoje ele esteja apontado como carta fora do baralho.

Como você pode ver, Edmilson caiu em contradição mais uma vez. É que ao acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro e os seus antecessores pelas mazelas que persistem em causar sofrimento e indignação para nossa população, o prefeito não leva em consideração nem mesmo o que disse há poucos dias atrás, quando foi perguntado sobre o abandono de Belém durante a abertura da Cúpula Amazônica.

“É um momento portanto..Esqueçamos a destruição, a violência, o genocídio, o incentivo à morte, ao verdadeiro genocídio de indígenas e a Amazônia foi a maior vítima da violência dos últimos anos e viva a reconstrução feita e comandada pelo governo Lula e pelo governador e pelos prefeitos que amam a nossa cidade e o nosso povo”.

Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém.

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