Artista paraense lança projeto para incluir deficientes auditivos na música

Contemplado pela Lei Paulo Gustavo, o projeto Linguagem Espacial inclui a comunidade surda no universo do RAP com cinco faixas interpretadas em linguagem de sinais.

O artista paraense AC OP, nome artístico de Flávio Nunes, lança neste sábado (21) o álbum multimídia Linguagem Espacial, um marco de inclusão musical que promete transformar a relação da comunidade surda com a música. O projeto, que une interpretação em LIBRAS, expressão facial e movimentos corporais, é financiado pela Lei Paulo Gustavo e estará disponível gratuitamente em plataformas como Spotify e YouTube.

A ideia para o Linguagem Espacial nasceu quando AC OP, inspirado pela capa do álbum Slime Season do rapper Young Thug, percebeu o potencial da linguagem de sinais na música. Ao notar a limitação de materiais adaptados em LIBRAS, iniciou uma pesquisa sobre como pessoas surdas consomem música e decidiu criar um projeto que unisse ritmo, letra e emoção de forma acessível.

Com cinco faixas inéditas de RAP que abordam temas como superação, prevenção ao suicídio e quebra de paradigmas, o álbum oferece uma experiência imersiva. Cada música é “cantada” em LIBRAS, mesclando elementos visuais e corporais que transcendem a audição, tornando o trabalho pioneiro no Brasil.

Para AC OP, o projeto é mais do que música: é um manifesto de inclusão. “Quero que meu trabalho mostre que a música pode ser para todos. Esse álbum é minha melhor criação e representa meu compromisso com a comunidade surda”, afirmou o artista.

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