Em uma decisão histórica para a preservação da memória e da identidade popular de Belém, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade o projeto de lei de autoria da vereadora Marinor Brito que reconhece como Patrimônio Cultural de Belém o estilo arquitetônico conhecido como “Raio-que-o-Parta”.
O movimento, nascido entre as décadas de 1940 e 1960, representa o lado popular do modernismo paraense. Utilizando cacos de azulejos coloridos para compor fachadas vibrantes e cheias de simbolismo, o “Raio-que-o-Parta” se tornou uma expressão única da criatividade amazônica, uma forma de arte feita pelo povo e para o povo.
“O Raio-que-o-Parta é o retrato da genialidade popular que resistiu à invisibilidade e ao apagamento da nossa história. É um símbolo do orgulho paraense e da força criadora do nosso povo. Com este projeto, reafirmamos o direito de Belém reconhecer e proteger a sua própria identidade cultural”, declarou a vereadora Marinor Brito (PSOL), autora da proposta.
O reconhecimento oficial busca proteger e valorizar o patrimônio arquitetônico e cultural de Belém, garantindo que futuras gerações possam se conectar com essa estética que traduz o espírito criativo e resiliente das comunidades urbanas da capital.
Nos últimos anos, o estilo “Raio-que-o-Parta” vem sofrendo apagamentos e descaracterizações, como a cobertura dos azulejos originais e reformas que apagam a identidade visual das fachadas. A nova lei pretende incentivar a preservação e restauração dessas obras, assegurando seu lugar como expressão viva da cultura paraense.
Arquitetura “Raio-que-o-Parta”, símbolo do modernismo popular paraense, agora é Patrimônio Cultural de Belém
O projeto, de iniciativa da vereadora Marinor Brito, foi aprovado por unanimidade

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