Após mais de um mês foragida, deputada Carla Zambelli (PL) é presa na Itália - Estado do Pará Online

Após mais de um mês foragida, deputada Carla Zambelli (PL) é presa na Itália

Os interlocutores da deputada confirmaram a prisão, mas adotam a versão de que foi ela quem procurou a Justiça italiana para se entregar

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira, 29, na Itália, após pouco mais de um mês foragida na Europa. A parlamentar está no exterior desde que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em maio passado, a dez anos de prisão

Nas redes sociais, o deputado italiano Angelo Bonelli afirmou que a parlamentar brasileira foi localizada pela polícia em um apartamento em Roma. No X, Bonelli afirma ter alertado as autoridades sobre o paradeiro da deputada: “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu.

Os interlocutores da deputada confirmaram a prisão, mas adotam a versão de que foi ela quem procurou a Justiça italiana para se entregar

O STF solicitou à Itália a extradição da deputada para que a pena seja cumprida no Brasil, por isso, Zambelli teve a prisão cumprida em Roma. No entanto, a Justiça italiana deverá analisar o caso e, então, decidir se a deputada, que tem cidadania italiana, será extraditada.

Primeira Turma do STF condenou Zambelli, de maneira unânime, a dez anos de prisão e à perda do mandato parlamentar. A decisão, divulgada em 14 de maio, se deu no âmbito da investigação que apura a invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  

De acordo com a acusação do Ministério Público, Zambelli coordenou a invasão aos sistemas do Poder Judiciário com o objetivo de manipular dados oficiais, incluindo a emissão de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

O hacker Walter Delgatti Neto, por sua vez, seria o executor direto da ação criminosa, que teria ocorrido entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Ele está preso.

Além da pena de prisão em regime fechado, a deputada foi condenada à perda do mandato e ao pagamento de indenização, por envolvimento na invasão do sistema do CNJ e pelo crime de falsidade ideológica.

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