Após deslizamento de terra, áreas com risco de erosão em Mosqueiro serão vistoriadas

A medida, em caráter preventivo, visa evitar desabamentos e acidentes envolvendo pessoas, ocasionados por deslizamento de encostas durante o período do inverno amazônico.

O distrito de Mosqueiro, distante 70 km de Belém, passará por novas vistorias técnicas em áreas identificadas de risco de erosão, com maior destaque nas regiões de praias do Paraíso, Marahú, Bispo e Grande. A medida, em caráter preventivo, visa evitar desabamentos e acidentes envolvendo pessoas, ocasionados por deslizamento de encostas durante o período do inverno amazônico, quando a junção de ventos, chuvas e marés altas aumenta a probabilidade de deslizamentos. 

A ação foi proposta pela agente distrital Vanessa Egla e envolverá a Defesa Civil de Belém, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Ministério Público do Estado e Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob).“Estamos muito preocupados com essa situação de risco de desabamentos, por isso, estamos nos adiantando nesse trabalho preventivo, visando o período de inverno”, disse Vanessa Egla, após a reunião de trabalho realizada na manhã desta quarta-feira, 20, na sede da Agência Distrital de Mosqueiro.

A força-tarefa preventiva acontecerá no período de 26 a 28 deste mês. Segundo o presidente da Defesa Civil Municipal, Claudionor Corrêa, a medida preventiva se faz necessária pelo risco iminente de desabamento nas áreas já identificadas pela Prefeitura de Belém desde o ano de 2021, quando iniciaram os primeiros mapeamentos das zonas erosivas da ilha de Mosqueiro, com destaque para as praias do Bispo e Grande, interditadas; Marahú e Paraíso com ao menos uma dúzia de empreendimentos já notificados e alertados sobre a situação de risco.

“Nossa maior preocupação é com a vida das pessoas, sejam empreendedores ou o público em geral. A ideia é não prejudicar ninguém, mas sim estabelecer limites para evitar obras de extensão de empreendimentos ou residências em áreas erosivas”, reforça Claudionor Corrêa.

Decreto – As novas vistorias do Grupo de Trabalho de Mosqueiro vão enriquecer um segundo documento oficial, que será elaborado após as vistorias técnicas comandadas por grupos da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Prefeitura de Belém. O novo cronograma dessas ações ocorrerá nos dias 3 e 4 de janeiro de 2024, em Mosqueiro; 5 de janeiro, em Outeiro e 16 e 17, em Cotijuba.

Segundo a Defesa Civil, esse novo relatório será enviado ao prefeito Edmilson Rodrigues que, posteriormente, assinará um decreto declarando situação de emergência para a região insular de Belém. A partir da assinatura do decreto, ainda segundo Claudionor Corrêa, a Prefeitura de Belém terá mais condições de negociar recursos junto ao governo federal para as construções de muros de arrimo ou de contenção do avanço das marés sobre o continente.

Riscos – Segundo Vanessa Egla, a força-tarefa irá vasculhar todo o distrito com a finalidade de ratificar o alerta junto aos moradores e empreendedores sobre os riscos de deslizamento nas áreas erosivas. “Vamos reforçar o aviso que vem sendo dado desde 2021, quando assumimos a gestão, inclusive, enviando laudo da Defesa Civil para todos os empreendimentos de Mosqueiro situados nessa zona de risco de deslizamentos. Temos essa grande preocupação, porque somos agentes públicos e responsáveis pelo bem comum e esperamos contar com a colaboração de todos”, conclui a agente distrital de Mosqueiro.

A força-tarefa vai reunir Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Semob, Seurb, Sesan e Agência Distrital (Admos). O Corpo de Bombeiros, representado na reunião pelo major João Luiz e pelo 3º sargento BM, Pedro Junior, já desenvolve trabalhos paralelos e vai reforçar o GT de Mosqueiro nas vistorias preventivas. Já a Defesa Civil de Belém apoiou a iniciativa da Admos e vai coordenar as ações a partir do próximo dia 26, após o Natal.

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