Angela Ro Ro, cantora e compositora, morreu nesta segunda-feira (8/9) no Rio de Janeiro, aos 75 anos. Segundo informações, a artista não resistiu a uma parada cardíaca provocada por uma nova infecção após passar por um procedimento cirúrgico no fim de semana.
Angela estava internada desde junho e chegou a passar 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a complicações que resultaram em intubação e traqueostomia. Nos últimos meses, enfrentava uma situação financeira difícil e dependia de doações para custear suas despesas hospitalares.
A cantora não recebia aposentadoria e sua única renda era de aproximadamente R$ 800 por mês, proveniente dos direitos autorais de suas músicas. Em razão dessa condição, ela havia pedido ajuda ao público para conseguir arcar com as despesas médicas.
Carreira
Angela Ro Ro, nascida Angela Maria Diniz Gonçalves, foi uma cantora, compositora e pianista brasileira reconhecida por sua voz rouca e estilo único, que transitava entre rock, jazz e samba-canção. Começou a estudar piano clássico aos cinco anos e teve seu primeiro álbum lançado em 1979, tornando-se um clássico da MPB com sucessos como “Gota de Sangue” e “Amor, Meu Grande Amor”.
Durante a década de 1970, Angela viveu um período na Europa onde se apresentou em pubs e consolidou seu talento, participando inclusive do álbum “Transa” de Caetano Veloso. Ao retornar ao Brasil, destacou-se em casas noturnas do Rio de Janeiro até ser contratada por uma grande gravadora. Sua carreira foi marcada tanto por suas composições autorais quanto por sua personalidade forte e polêmica presença na mídia.
Com mais de uma década de influência e respeito na música brasileira, Angela Ro Ro seguiu lançando discos e participando de projetos até os anos 2000, além de ser uma referência para novas gerações e uma voz importante na luta LGBTQIA+.
Leia também:
Deixe um comentário