A crise na educação estadual parece aumentar a cada dia. Na manhã desta terça-feira (27), estudantes do tradicional Colégio Paes de Carvalho se reuniram próximo à instituição de ensino, no bairro da Campina, para protestar em busca de melhorias e respeito tanto para eles quanto para os profissionais da educação.
Durante o protesto, os estudantes fecharam a avenida 16 de Novembro, que fica ao lado da centenária escola.
De acordo com uma aluna que está na escola desde o 1º ano do ensino médio, as reivindicações são em relação à estrutura da escola que, segundo ela, vive de reputação.
“Por uma estrutura melhor na escola, a escola vive de reputação mas não tem estrutura para os alunos. A escola vai fazer 183 anos em julho e a estrutura está precária. Falta água, não tem ar-condicionado, as salas estão com infiltração, ano passado caiu um ‘reboco’ na cabeça de um aluno”, disse.
Essa é a segunda escola que protesta contra a situação da educação estadual, especialmente em relação às novas medidas da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), que, segundo os alunos, reduziu a carga horária de disciplinas essenciais. Na última segunda-feira (19), alunos da Escola Pedro Amazonas Pedrosos fecharam parte da avenida Almirante Barroso.
Greve por tempo indeterminado
Na última sexta-feira (23), os trabalhadores da educação estadual deflagraram uma greve que começará a partir do dia 29 de fevereiro.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Beto Andrade, afirmou que a ação é contra a matriz curricular, jornadas de trabalho, reformas nas escolas, por valorização e respeito da categoria.
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