A rotina da Escola Estadual Dr. Aníbal Duarte mudou desde que três alunas passaram a figurar entre os finalistas do Desafio Liga Jovem, competição nacional de empreendedorismo promovida pelo Sebrae. O projeto apresentado se chama “Biojoias da Amazônia” e levou o Pará à fase decisiva do torneio, que reúne estudantes de diferentes regiões do país.
A proposta nasceu dentro das aulas de Geografia e Estudos Amazônicos, onde o professor André Barbosa já trabalhava o uso de sementes regionais como elemento de identidade e sustentabilidade. A partir disso, Michaella Sophia Mendes, Maria Gabriela Almeida e Ana Clara Rosário Luz desenvolveram peças artesanais que uniam estética, preservação ambiental e possibilidade de renda.
O avanço das estudantes ocorre após vencerem a etapa estadual no último mês. Agora, o trio representa o Pará na fase nacional, marcada para ocorrer entre 29 de novembro e 4 de dezembro, período que definirá os classificados ao pódio.
Maria Gabriela descreve que o processo foi além da criação das peças. “Participar do Projeto Biojoias da Amazônia foi essencial na minha vida. Além de aprender técnicas e conhecer mais sobre as sementes e a floresta, eu descobri habilidades que não sabia que tinha. O Desafio Liga Jovem me ensinou a ter mais confiança, a falar em público e a me impor como jovem empreendedora”, disse.
O professor responsável pelo grupo também destaca o alcance do reconhecimento. “Participar da fase nacional do Desafio Liga Jovem, e representar o Pará, é uma honra imensa. Entre mais de 10 mil inscritos e mais de 600 projetos, estar entre os 27 melhores do Brasil mostra a força do nosso trabalho e o potencial dos nossos jovens. Coordenar um projeto que alcançou reconhecimento nacional é emocionante, e reafirma que, quando acreditamos e lutamos juntos, o Pará brilha no cenário brasileiro”, afirmou André Barbosa.
Na etapa final, os projetos concorrem a diferentes premiações. O primeiro lugar em cada categoria garante uma viagem ao México para uma imersão de 10 dias em ambientes de inovação. Segundo e terceiro lugares recebem notebooks e smartphones, respectivamente, tanto para alunos quanto para professores orientadores. Há ainda o certificado de Honra ao Mérito, acompanhado de premiação em aparelhos celulares.
O resultado nacional pode ampliar a visibilidade do projeto de biojoias, que já reforça o protagonismo estudantil e a conexão entre juventude, território e economia criativa.