O Pará continua sendo o estado com maior área sob risco de desmatamento na Amazônia. De acordo com a plataforma de inteligência artificial PrevisIA, do Instituto Imazon, o estado concentra 35% da área ameaçada na região, com 2.269 km² de terra sob risco de destruição entre agosto de 2024 e julho de 2025.
Este cenário é alarmante, pois representa 35% do total de áreas ameaçadas, com uma parte significativa (cerca de 1.000 km²) sob risco muito alto, alto ou moderado de desmatamento.
Esses dados se baseiam no “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte, conforme os registros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Prodes registrou uma derrubada de 6.288 km² de floresta na Amazônia, com uma queda de 31% em relação ao ano anterior. No entanto, para 2025, a PrevisIA estima que o Pará, juntamente com o Amazonas e Mato Grosso, concentrará as maiores áreas ameaçadas na região.
Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon e coordenador da PrevisIA, destaca que, se as áreas sob risco muito alto, alto e moderado forem protegidas, será possível reduzir significativamente o desmatamento no próximo ano e avançar para a meta de desmatamento zero até 2030.
“Ação essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que já estão nos afetando seriamente, como as secas na Amazônia e as cheias no Rio Grande do Sul. Precisamos usar essa tecnologia a favor da floresta”, afirmou Souza Jr.
O estado do Pará, com sua vasta fronteira agrícola e alto grau de integração por rodovias, continua sendo um ponto crítico para a preservação ambiental, exigindo ações urgentes para proteger as áreas de alto risco de desmatamento e mitigar a destruição da Amazônia.
Fonte: Imazon
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