Alepa autoriza novo empréstimo de 1,3 bi, totalizando mais de 15 bi só no governo Helder Barbalho

Sob o comando do presidente da casa, Chicão (MDB), a ALEPA não noticiou a aprovação do mais novo empréstimo autorizado ao governo do Pará, mas a oposição voltou a criticar a iniciativa dizendo que a 'bomba' cairá no colo das futuras gerações, com mais impostos para a população pagar. "Já são mais de 15 bilhões, revelou Rogério Barra (PL).

Deputados estaduais aprovaram mais um empréstimo ao governo do Pará, dessa vez da soma de 1,3 bilhão de reais.
Deputados estaduais aprovaram mais um empréstimo ao governo do Pará, dessa vez da soma de 1,3 bilhão de reais. Foto: Guilherme Torres (AID/ALEPA)

Em mais uma sessão marcada por debates acalorados, a Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) aprovou um novo pedido de empréstimo feito pelo governo estadual, que autoriza a contração de mais de R$ 1,3 bilhão em financiamentos. O objetivo declarado pelo governo é investir em obras de infraestrutura, buscando melhorias significativas na qualidade de vida dos paraenses. No entanto, a decisão não passou sem críticas.

O deputado estadual Rogério Barra (PL) foi uma das vozes mais contundentes contra a medida. Em seu discurso, Barra expressou profundas preocupações sobre o impacto financeiro a longo prazo desse novo endividamento para o estado do Pará. “Não se pode abrir mão da saúde financeira do estado para comprometer as futuras gerações”, disse.

Rogério lembrou que, contraditoriamente, o governo abre mão de recolher tributos de empresas “amigas”, o que segundo ele demostra que a saúde financeira do Pará está boa, mas ao mesmo tempo, a gestão de Helder Barbalho (MDB) não consegue fazer obras sem pedir dinheiro emprestado.

“A consequência desses empréstimos vai ser lá na frente, aumento da carga tributária, aumento de impostos, porque essa bomba ela vai explodir no colo das futuras gerações” afirmou o deputado, destacando a necessidade de uma análise mais criteriosa dos projetos a serem financiados com o valor dos empréstimos.

Barra questionou a transparência e a eficácia na execução das obras planejadas. Segundo ele, o governo estadual não apresentou um plano detalhado que justifique a urgência e a magnitude do empréstimo. “Precisamos saber onde exatamente esse dinheiro será investido e garantir que ele será usado de forma eficiente, sem desvios ou desperdícios,” criticou.

A aprovação do empréstimo foi vista por alguns parlamentares como uma medida essencial para acelerar o desenvolvimento do estado, especialmente em áreas carentes de infraestrutura básica. No entanto, Barra enfatizou a importância de buscar alternativas menos onerosas para os cofres públicos. “Existem outras formas de atrair investimentos e melhorar nossa infraestrutura sem precisar recorrer a novos empréstimos que podem comprometer a saúde fiscal do estado,” argumentou.

O deputado também ressaltou a importância de um debate mais amplo e participativo sobre o endividamento público. “A população precisa estar ciente das consequências desse tipo de decisão. É fundamental que haja um diálogo aberto com a sociedade para que todos entendam o que está em jogo,” declarou Barra.

A sessão na ALEPA terminou com a aprovação do empréstimo por maioria dos votos, mas as críticas de Rogério Barra e outros deputados de oposição ecoaram nos corredores da Assembleia, sinalizando que a questão do endividamento do estado continuará a ser um tema central nas discussões políticas futuras.

Enquanto o governo do Pará, sob o comando de Helder Barbalho (MDB) avança com seus planos, a fiscalização e a transparência serão elementos cruciais para garantir que os recursos sejam aplicados de maneira justa e eficaz, atendendo às reais necessidades da população paraense.

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