O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, anunciou neste sábado (24) que o órgão irá investigar redes de desinformação relacionadas ao Marajó, no Pará. A medida foi tomada em resposta a denúncias sobre a disseminação de notícias falsas envolvendo crianças na região.
Segundo Messias, a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) foi acionada para identificar os responsáveis por espalhar informações falsas e difamatórias sobre o Marajó. O ministro destacou a gravidade da publicação de imagens de crianças em situações de exploração sexual, ressaltando que tal conduta é considerada crime conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Ainda sobre o Marajó, quero alertar desde já a todos os que estão publicando, e às plataformas que permitem a publicação de imagens de crianças e adolescentes, sobre o que dispõem os artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirmou o ministro em uma publicação nas redes sociais.
Na sexta-feira (23), o Ministério dos Direitos Humanos emitiu uma nota desmentindo o suposto cancelamento de ações voltadas ao Marajó e esclarecendo a criação do Programa Cidadania Marajó como um novo marco em políticas públicas para a região.
A repercussão das denúncias sobre exploração sexual no arquipélago paraense ganhou destaque após a cantora Aymeê abordar o assunto durante uma apresentação em um programa de competição musical. Desde então, imagens de crianças em situações vulneráveis têm circulado na internet, acompanhadas de denúncias sobre aumento da violência contra menores na região.
Diante da gravidade da situação, o Governo Federal se comprometeu em apurar as denúncias e desarticular redes de tráfico humano e exploração sexual e infantil em todo o país. Além disso, deputados da oposição articulam a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de exploração sexual infantil na ilha, liderados pelos deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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