Um enxame de abelhas africanas tem causado preocupação aos moradores da Passagem Brotinho, no bairro Telégrafo. Segundo relatos, as abelhas se alocaram no telhado de uma residência, representando um risco tanto para os moradores quanto para quem passa pelo local.
Há uma semana, várias ligações foram feitas para a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia, mas até o momento, nenhuma ação foi tomada. Uma moradora, que prefere não se identificar, afirmou que o Corpo de Bombeiros tem prometido remover o enxame, mas alega que a operação só pode ser realizada após as 18h, quando as abelhas estão mais calmas. “Desde domingo estamos ligando e até agora nada. Tenho medo que elas ataquem as pessoas, já que na rua há muitas crianças, idosos e comércios”, desabafou a moradora.
O que são Abelhas Africanas?
As abelhas africanizadas, uma combinação genética de abelhas africanas e europeias, foram introduzidas no Brasil para aumentar a produção de mel. Embora o mel produzido por elas seja valorizado, essas abelhas são consideradas espécies exóticas invasoras. Elas competem com as abelhas nativas por pólen e néctar, muitas vezes sem realizar a polinização, o que prejudica a biodiversidade. Além disso, as abelhas africanizadas podem ocupar ninhos de aves e, em casos extremos, suas picadas podem provocar reações alérgicas fatais em humanos.
Por serem animais altamente territoriais, ataques a moradores não são incomuns. Somente entre maio e agosto deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) atendeu 33 pessoas vítimas de ataques de abelhas na rede de urgência e emergência.
As unidades com mais atendimentos foram o Hospital Municipal de Mosqueiro, a UPA do Distrito Administrativo da Sacramenta (Dasac) e a UPA da Terra Firme, cada uma com seis casos registrados. Nesse mesmo período, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer cinco pessoas picadas por abelhas: três em Cotijuba e duas no Telégrafo.
Entramos em contato com o Corpo de Bombeiros, mas até o momento não tivemos retorno
