O remake de Renascer (originalmente exibida em 1993) tem sido um grande sucesso, principalmente em Belém. A capital mais noveleira do país, segundo o Ibope, dá a novela a média de 38 pontos, enquanto São Paulo, principal mercado publicitário do país, uma média de 26 pontos e 44% de participação, sendo a melhor estreia do horário nobre desde o remake de Pantanal, em 2022 (original de 1990). As duas novelas são adaptações de tramas de sucesso de Benedito Ruy Barbosa e voltaram às telas repaginadas pelo neto do autor, Bruno Luperi.
Renascer acompanha em duas fases a saga de José Inocêncio (Humberto Carrão), um jovem que se ajoelha aos pés de um jequitibá para selar um acordo com Deus e o Diabo para prosperar e virar um grande produtor de cacau na Bahia.
No início dos anos 1990, Inocêncio chega a Ilhéus, no sul da Bahia, e é quase assassinado por jagunços do coronel Firmino (Enrique Diaz), que o vê como um invasor de sua plantação de cacau. O protagonista é salvo pelo mascate Rachid (Gabriel Sater), ganhando a fama de “homem que tem o corpo fechado para morte”. Depois, ele é socorrido por Cândida (Maria Fernanda Cândido), dona de uma fazenda improdutiva, que aceita cedê-la para o forasteiro, após ele prometer que vai prosperar. O mocinho enfrenta os inimigos Belarmino (Antonio Calloni) e Firmino, que querem as terras de Cândida a qualquer custo, mas Inocêncio consegue arrematar as terras de Belarmino com uma grande manobra.Em seguida, ele ainda consegue se casar com Maria Santa (Duda Santos) e formar uma família.
Na segunda fase da novela, José Inocêncio (Marcos Palmeira) se torna um fazendeiro rico, porém amargurado desde a morte de Maria Santa, vivendo às turras com João Pedro (Juan Paiva), o único filho que nunca saiu de casa e o ajudou a cuidar da fazenda de cacau como uma forma de punição. José Augusto virou médico (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr) advogado e José Venâncio (Rodrigo Simas) se tornou publicitário, todos formados graças ao sustento garantido pelo pai.
O que a novela não mostra é que o Pará é o maior produtor de cacau do país, o estado lidera a produção nacional com mais de 53% do total movimentado no país, segundo levantamento realizado pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2020 e 2021 o Brasil produziu 270 toneladas de amêndoas de cacau, produção que deixa o país na sétima posição no ranking mundial, atrás de Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Nigéria, Equador e Camarões.
Medicilândia, Uruará, Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Novo Repartimento, Tucumã, Tomé-Açu, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu são os municípios que mais produzem cacau no estado do Pará, segundo dados da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
O cacau pode oferecer inúmeras vantagens à saúde. É capaz de atuar na prevenção de anemias, em razão do seu alto quantitativo de ferro. É o responsável pelo combate a doenças neurológicas, bem como sistema nervoso que se descontrola fácil. Entre os principais e mais conhecidos benefícios do cacau, podem ser citados: melhora de humor, combate à ansiedade e depressão; prevenção de tromboses; combate ao colesterol alto; previne aterosclerose; previne o acúmulo de colesterol nos vasos de sangue; previne anemias; reduz o risco de diabetes; previne problemas como derrame e demência; melhora a memória; promove a redução da pressão, em razão de melhor qualidade dos vasos de sangue; auxilia a regular a saúde intestinal; auxilia no controle de inflamações.
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