“A gente nunca parou de buscar justiça”: família de Joelson Barros fala sobre prisões após quase cinco anos do crime

Sobrinha do líder comunitário diz, em entrevista exclusiva ao EPOL, que a família sempre suspeitou de envolvidos e colaborou diretamente para reabertura do caso em Maracanã.

Quase cinco anos após o desaparecimento do líder comunitário Joelson Barros Santana, a família dele vive um momento de esperança com as prisões preventivas de dois suspeitos, ocorridas nesta segunda-feira (12), em Maracanã, no nordeste paraense. Em entrevista exclusiva ao Estado do Pará Online (EPOL), a sobrinha da vítima afirmou que a investigação atual só foi possível graças à insistência da própria família, que jamais deixou o caso ser esquecido. “Foi uma reação de esperança e confiança de que a justiça seja feita agora”, declarou.

Joelson desapareceu no Dia dos Pais, em 9 de agosto de 2020. Segundo ela, a última vez que a vítima foi vista foi no conjunto Tinolândia. “A gente sentiu falta dele dois dias depois. Como ele tinha casa nos dois lugares, achamos que estivesse na cidade. Só depois percebemos que tinha algo errado”, relembra.

Novas informações sobre o crime

O inquérito foi arquivado inicialmente por falta de provas, mas, mesmo fora do Pará, a sobrinha seguiu reunindo informações em conjunto com a família. Em 2021, tentou contato com um dos suspeitos, que a bloqueou — atitude que levantou suspeitas. “Guardei tudo. Em novembro do ano passado, levei essas conversas ao delegado. Foi o começo da nova investigação”, contou.

Ela afirma que, após esse retorno à delegacia, novas testemunhas surgiram, relataram detalhes sobre o crime e indicaram a possível dinâmica do assassinato: Joel teria sido morto a pauladas dentro de um comércio e o corpo levado em um carrinho de mão até a mata, onde teria sido enterrado com a ajuda de uma draga. Os suspeitos, segundo ela, eram conhecidos da família, mas só Joel mantinha proximidade com ambos. O caso segue em investigação.

Leia também: