“A COP 30 não será uma festa, mas um momento de compromisso”, diz Marina Silva

A declaração foi dada durante o evento “Adaptação como prioridade para a COP 30”, promovido pelo Instituto Talanoa nesta terça-feira (25)

Créditos: reprodução

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que a COP 30, que será realizada em Belém (PA) em 2025, não pode ser tratada como um evento festivo, mas como um marco de compromisso global para o enfrentamento da crise climática. A declaração foi dada durante o evento “Adaptação como prioridade para a COP 30”, promovido pelo Instituto Talanoa nesta terça-feira (25).

“Deve ser uma COP sóbria, ela acontece no contexto de emergência climática, de muito sofrimento, de muita dor, num dos biomas mais vulneráveis do planeta, que é a Amazônia. A gente pode até zerar o desmatamento, mas se o mundo não zerar as emissões, a Amazônia vai savanizar do mesmo jeito”, alertou a ministra.

Marina ressaltou que o sucesso da conferência não depende apenas do Brasil, mas dos 196 países signatários da Convenção do Clima da ONU. “Não tem uma busca fácil, mas, obviamente, trazer a COP para o Brasil é mais do que uma sinalização, é um compromisso com a agenda do clima”, afirmou.

Especialistas que participaram do evento reforçaram que a Amazônia será o ponto central das discussões na COP 30, dada sua importância na regulação do clima global. Além disso, destacaram que os acordos firmados na conferência devem resultar em ações concretas de adaptação e mitigação, garantindo a implementação das medidas discutidas em edições anteriores, como as COPs de Dubai e Baku.

A COP 30 ocorrerá em um momento geopolítico desafiador, com conflitos internacionais e pressões econômicas que podem dificultar avanços no multilateralismo climático. No entanto, a realização do evento no Brasil representa uma oportunidade para o país reafirmar seu papel na agenda ambiental global e liderar o debate sobre a preservação da Amazônia e a redução das emissões de CO₂.

Leia também: