Médica paraense é interditada pelo CFM após divulgar informações falsas sobre câncer de mama

Suspensão temporária impede exercício da profissão por seis meses; decisão foi publicada no Diário Oficial da União

A médica paraense Lana Tiani Almeida da Silva está impedida de exercer a medicina por seis meses. A decisão, tomada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), foi publicada no Diário Oficial da União em 20 de fevereiro de 2025 e confirmada há uma semana, na sexta-feira (07/03). A medida foi aplicada como interdição cautelar, um recurso utilizado pelo CFM para proteger pacientes diante de possíveis riscos.

O caso ganhou repercussão em outubro de 2024, quando a médica divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que o câncer de mama “não existe” e que a mamografia causaria inflamação nas mamas, desencorajando a realização do exame. As declarações geraram preocupação entre especialistas e levaram o Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) a instaurar um processo ético-profissional contra Lana Tiani. Relembre o vídeo:

O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) entrou com uma ação civil pública contra a médica, além da ação do CRM-PA, solicitando a remoção do conteúdo das redes sociais. Em novembro de 2024, a Justiça concedeu liminar favorável ao CBR, determinando que os vídeos fossem excluídos e proibindo novas alegações sobre supostos riscos da mamografia, sob pena de multa diária de R$ 1.500 em caso de descumprimento.

A interdição cautelar do CFM impede Lana Tiani de atuar como médica em todo o território nacional até a conclusão do processo ético-disciplinar. A medida visa garantir a segurança dos pacientes e reforçar a necessidade de embasamento científico na prática médica. O CBR ressaltou a importância da mamografia como método essencial para a detecção precoce do câncer de mama e afirmou que seguirá atuando na defesa da saúde pública.

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