Em discurso durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSDS), em Nova Delhi, nesta quinta-feira (6), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância da COP30, Conferência do Clima da ONU, que será realizada em Belém, no Brasil, em novembro de 2025. Segundo a ministra, a conferência terá um papel determinante na ação climática global nos próximos anos. “A COP30 será crucial para ajudar a redefinir o futuro do planeta e construir um marco referencial, sólido e à altura do desafio climático, dez anos após o Acordo de Paris”, afirmou.
A ministra enfatizou que a COP30 tem como objetivo acelerar o cumprimento dos compromissos assumidos nos últimos dez anos, desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015. Ela também ressaltou as decisões tomadas nas edições anteriores, como a COP28, realizada nos Emirados Árabes Unidos, e a COP29, no Azerbaijão. Marina Silva reforçou a necessidade de avançar na transição para o fim do uso de combustíveis fósseis e no combate ao desmatamento, além de ampliar o financiamento climático, que precisa crescer de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão anual, conforme prometido pelos países desenvolvidos.
O ministério foi classificado como essencial para a COP30 como agendas de adaptação à mudança climática e a transição justa para uma economia de baixo carbono.
Para viabilizar a transição para o fim do uso de combustíveis fósseis, Marina Silva destacou a importância de instrumentos financeiros inovadores, como o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado na COP28. Esse mecanismo, que será operacionalizado na COP30, visa ampliar os fluxos financeiros para a proteção da natureza e os pagamentos dos serviços ecossistêmicos.
O ministério também ressaltou a importância do fortalecimento do regime multilateral para o enfrentamento da crise climática, afirmando que a responsabilidade climática é coletiva e que somente por meio de esforços domésticos, do multilateralismo e da cooperação será possível internacionalmente transformar compromissos em ações concretas.
Marina Silva também investiu na realização do Balanço Ético Global (BEG), uma iniciativa liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que promoverá diálogos em diferentes regiões do mundo, com foco em áreas críticas como o Ártico.
Leia também:
Deixe um comentário