O Ministério Público Federal (MPF) voltou a cobrar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) esclarecimentos sobre as condições da rodovia Transamazônica (BR-230) no Pará.
Denúncias apontam a formação de atoleiros de grandes proporções no trecho entre Medicilândia e Rurópolis, comprometendo o transporte de pessoas e mercadorias, além de isolar comunidades locais.
A decisão de encaminhar um novo ofício ao Dnit foi tomada após o MPF receber imagens e relatos de que a rodovia estaria intrafegável, contradizendo relatórios anteriores enviados pelo Dnit.
Em 2024, antes do início do inverno amazônico, o MPF havia alertado o órgão sobre a necessidade de medidas preventivas para evitar atoleiros, erosões e crateras. Também foi solicitado um detalhamento sobre a execução das obras de manutenção.
Contradições nos relatos
Em resposta anterior, o Dnit informou que mantinha contratos ativos para a manutenção da rodovia, assegurando sua trafegabilidade mesmo durante o período chuvoso. Fotografias enviadas pela autarquia mostravam equipes atuando na região. No entanto, as imagens divulgadas nas redes sociais por moradores e caminhoneiros apresentam um cenário distinto, com a estrada coberta de lama e trechos intransitáveis.
Diante da divergência de informações, o MPF determinou que o Dnit apresente, no prazo de cinco dias:
- Justificativas para a discrepância entre seus relatórios e as denúncias recebidas;
- Fotografias atualizadas da rodovia em dias chuvosos;
- Detalhamento das ações realizadas pela empresa contratada para mitigar os atoleiros;
- Informações sobre a periodicidade dos serviços de manutenção.
Além disso, o MPF determinou a realização de uma inspeção urgente no local por um servidor da própria instituição. O objetivo é verificar in loco a real situação da Transamazônica e cobrar providências efetivas para a solução do problema.
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