Moradores denunciam problemas causados pelo despejo de aterro em Belém

Acúmulo de lama, alagamentos e infiltrações em casas preocupam moradores da comunidade passagem Praiana Solmar, bairro do Telégrafo.

Moradores da Passagem Praiana Solamar, no bairro do Telégrafo, em Belém, denunciam problemas causados por um terreno na região. Segundo relatos, esse local está sendo utilizado para o despejo e a retirada de aterro das obras da Nova Doca, na Avenida Visconde de Souza Franco, o que estaria resultando em acúmulo de lama, alagamentos e rachaduras nas casas.

De acordo com um morador que prefere não se identificar, desde o início das obras, durante o período seco, a poeira intensa causou problemas respiratórios em vários residentes. Agora, com a chegada do período chuvoso, a situação se agravou. “A água está saindo por debaixo das casas, causando rachaduras em muitas delas, e a rua fica completamente suja. Além disso, dunas de lama se formaram no local, o que contribui para o acúmulo de água”, relata.

Os moradores também afirmam que a via não suporta o tráfego de veículos pesados utilizados nas obras. “Antes, havia uma placa proibindo caminhões acima de determinadas toneladas, mas agora eles circulam livremente, comprometendo a estrutura da rua e das casas”, acrescenta o morador.

Segundo os relatos, o espaço utilizado já foi um campo de futebol da comunidade, mas atualmente é empregado como depósito de barcos e foi alugado para o armazenamento de aterro, canos e lama retirados das obras da Nova Doca. Os moradores temem que a situação se agrave, colocando em risco as residências da área.

A equipe de reportagem do Estado do Pará Online (Epol) entrou em contato com a Secretaria de Obras do Estado (Seop) e questionou sobre as reclamações dos moradores. Em nota, a secretaria informou que o local está sendo utilizado apenas para armazenamento de aterro e areia, que são usados na obra de saneamento da Nova Doca. A Seop informou que o acesso é realizado por via pública, com limpeza diária do espaço. A secretaria reforçou que não tem conhecimento de imóveis que sofreram impactos em função do tráfego de veículos na região.

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