O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta quinta-feira (30), que indígenas e quilombolas terão participação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em 2025.
“A COP30 vai ser um balizamento do que nós queremos daqui para frente. Lá estarão todos os indígenas para discutir, lá estarão os quilombolas, os chefes de Estado, os especialistas. Queremos uma discussão verdadeira, para saber se estamos falando sério ou não sobre a questão do clima”, declarou Lula durante entrevista coletiva.
O presidente também destacou a importância de reconhecer os povos tradicionais na preservação ambiental. “Quando falamos em desmatamento zero até 2030, as pessoas precisam entender que, embaixo da copa de cada árvore, há um indígena, um ribeirinho, um pequeno trabalhador rural”, afirmou.
Protestos no Pará
A declaração ocorre em meio a protestos que, há mais de 17 dias, mobilizam indígenas e professores na sede da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). Os manifestantes exigem a revogação da Lei 10.820/2024, que altera o Sistema Modular de Ensino (Some), e a exoneração do secretário de Educação, Rossieli Soares.
Além dessas pautas, lideranças indígenas também reivindicam maior participação na COP30. Algumas delas chegaram a afirmar que, caso suas demandas não sejam atendidas, o evento climático pode ser impactado.
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