A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), em parceria com a Secretaria Nacional da Pesca Artesanal (SNPA), vinculada ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), lançou, nesta terça-feira (21), o Programa “Jovem Cientista da Pesca Artesanal”. A iniciativa visa capacitar jovens de comunidades pesqueiras vinculados ao ensino médio da rede pública, oferecendo bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ) para incentivá-los a pesquisar a pesca artesanal e, ao mesmo tempo, reduzir a evasão escolar.
Objetivos e impacto
O programa busca valorizar as comunidades pesqueiras artesanais em todo o Brasil, promovendo parcerias com governos e organizações sociopolíticas. Além de preservar a história e a cultura de um setor essencial para a economia e identidade das cidades ribeirinhas na Amazônia, a iniciativa pretende despertar o interesse científico nos jovens e gerar mudanças nas realidades locais.
Áreas prioritárias de pesquisa
Os projetos devem atender a 16 temas prioritários, como:
• Mulheres pescadoras artesanais
• Cultura e história da pesca artesanal
• Conhecimento tradicional pesqueiro
• Gestão pesqueira e cadeia produtiva
• Políticas públicas e juventude
Outros temas, como racismo ambiental, justiça climática e segurança alimentar, também serão abordados, permitindo que as realidades locais sejam incorporadas de maneira estratégica.
Fomento e parcerias
O programa prevê a oferta de 25 projetos de pesquisa no Pará, com cada um financiado por quatro bolsas ICJ. Com duração inicial de um ano, as bolsas podem ser renovadas mediante avaliação do desempenho dos estudantes. Em nível nacional, estão previstas mil bolsas, totalizando um investimento de R$ 4 milhões, proporcionalmente distribuídas por região, de acordo com o número de pescadores artesanais registrados.
Investimento e alinhamento estratégico
A Fapespa destinou R$ 610 mil ao programa, com recursos do MPA e contrapartidas estaduais. A iniciativa está alinhada ao Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), que prioriza o desenvolvimento sustentável e a valorização das comunidades tradicionais. O edital será lançado em janeiro de 2025, e os projetos serão desenvolvidos em parceria com escolas públicas e instituições científicas locais.
Transformação social e ambiental
Marcel Botelho, diretor-presidente da Fapespa, destaca que o incentivo à pesquisa científica nas comunidades ribeirinhas contribui para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Envolver os jovens desde cedo é essencial para fortalecer uma economia baseada na preservação da floresta, rios saudáveis e a inclusão das comunidades tradicionais”, afirma Botelho.
O Programa “Jovem Cientista da Pesca Artesanal” representa um passo significativo para unir saberes tradicionais à ciência, promovendo soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios da região. Mais informações sobre o edital estão disponíveis no site da Fapespa.
Com informações de Ascom Fapespa
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