O Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz Amazônia, iniciará uma pesquisa de diagnóstico situacional nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) nos estados do Amazonas, Pará e Amapá. A ação, que envolve também universidades e a ONG Saúde e Alegria, visa avaliar as condições de funcionamento dessas unidades que atendem populações ribeirinhas em áreas de difícil acesso.
Com foco em 51 municípios, a pesquisa tem duração de dois anos e seu relatório parcial será apresentado na COP 30, que ocorrerá em Belém, no próximo ano. A iniciativa busca aprimorar a estrutura das UBSFs, garantindo o acesso a serviços médicos essenciais em regiões com desafios geográficos e climáticos.
Criada há 12 anos, a estratégia de saúde fluvial tem como objetivo oferecer cuidados médicos básicos em localidades que enfrentam dificuldades de acesso. A pesquisa não apenas examinará os serviços prestados, mas também avaliará a efetividade das ações de saúde, considerando as sazonalidades dos rios, a navegabilidade e as condições estruturais das embarcações.
Além disso, o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz e outras instituições, pretende aprimorar o modelo de atendimento, reativando embarques e qualificando as equipes de saúde para melhor atender aos períodos críticos de cheia e seca.
Essa pesquisa tem um caráter inovador, pois será a primeira avaliação do serviço financiado pelo Governo Federal desde a criação das UBSFs. Os resultados servem como modelo para ampliar o acesso à Atenção Primária à Saúde em outras regiões de florestas tropicais ao redor do mundo. A iniciativa reforça o compromisso do SUS com a equidade e a universalidade do atendimento, levando em conta as particularidades de um dos ambientes mais desafiadores do planeta.
Fonte: ILMD/Fiocruz Amazônia
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