Hydro Alunorte é condenada a pagar R$ 150 milhões por poluição no Pará

A sentença destina os recursos para indenizar comunidades locais afetadas pela emissão de gases poluentes e vazamentos de resíduos tóxicos na região, onde a exploração de bauxita e alumínio é intensa.

A Justiça do Pará condenou a Hydro Alunorte, controlada pela multinacional norueguesa Norsk Hydro, a pagar R$ 150 milhões como compensação por danos ambientais causados por suas operações em Barcarena, no Pará. A sentença destina os recursos para indenizar comunidades locais afetadas pela emissão de gases poluentes e vazamentos de resíduos tóxicos na região, onde a exploração de bauxita e alumínio é intensa.

O veredito é visto como um marco na responsabilização de grandes corporações por danos ambientais e sociais, reforçando a importância de proteger as comunidades impactadas por atividades industriais. A decisão judicial também impõe à empresa uma série de medidas de recuperação e prevenção, incluindo melhorias na gestão de resíduos, investimentos em projetos sociais e um maior diálogo com as comunidades afetadas.

A Hydro Alunorte opera uma das maiores refinarias de alumina do mundo em Barcarena, uma substância derivada da bauxita essencial para a produção de alumínio. No entanto, suas atividades têm causado graves problemas ambientais ao longo dos anos, particularmente em relação à poluição atmosférica e à contaminação de rios e solos.

As comunidades locais, formadas principalmente por ribeirinhos e povos indígenas, denunciaram os impactos na saúde, na qualidade do ar e no meio ambiente. A poluição comprometeu o acesso a água potável, a pesca e a agricultura de subsistência, que são fundamentais para o modo de vida dessas populações.

A condenação exige da empresa não apenas a reparação dos danos causados, mas também uma mudança nas práticas operacionais, ressaltando a crescente demanda por responsabilidade ambiental e justiça social em regiões impactadas por grandes projetos industriais.

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