O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) iniciou uma investigação sobre o bloqueio dos ônibus elétricos da Prefeitura de Belém, após decisão da conselheira Ann Pontes, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Com base em um pedido de providências dos parlamentares do PSOL, foi aberta uma “notícia de fato” em 31 de julho, que visa apurar possíveis irregularidades na conduta da conselheira, acusada de prevaricação e perseguição política ao prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL).
A investigação está sendo conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, sob a responsabilidade do promotor Sandro Chermont. Uma audiência com a deputada estadual Lívia Duarte e os vereadores Fernando Carneiro, Gizelle Freitas, Nazaré Lima e Sílvia Letícia, todos do PSOL, está marcada para o dia 12 de agosto, às 10h, no prédio anexo I do MPPA, na Rua Ângelo Custódio, 36, Cidade Velha.
Na sexta-feira (9) os parlamentares do PSOL se reuniram com representantes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) para discutir o caso. A deputada Lívia Duarte expressou esperança de que o MPPA atue para garantir a liberação dos ônibus, que oferecem ar condicionado e wi-fi. Já a vereadora Gizelle Freitas (PSOL) questionou a decisão do TCM, destacando que não foram encontradas irregularidades e que a necessidade de transporte de qualidade em Belém é urgente.
O vereador Fernando Carneiro acrescentou que, além dos 30 ônibus elétricos, a Prefeitura está adquirindo ônibus a diesel com ar condicionado e wi-fi, mas criticou a inação do TCM em relação aos veículos já em Belém. Ele pediu uma investigação mais ampla sobre a situação e destacou a importância de atender às necessidades da população.
Ann Pontes é esposa de Parsifal Pontes, ex-chefe da Casa Civil, na época o braço direito do governo de Helder Barbalho (MDB) e que foi preso pela Polícia Federal em 2020, acusado de fazer parte de uma organização criminosa formada dentro do governo do Pará.
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