Na última semana, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), através da 2ª Promotoria de Justiça de Tucuruí, apresentou uma denúncia criminal contra o pastor Washington Almeida, da Assembleia de Deus em Tucuruí. A denúncia segue afirmações controversas feitas por Almeida em um evento da igreja no dia 12 de julho, quando ele associou o Transtorno do Espectro Autista (TEA) a influências demoníacas.
Os comentários do pastor foram amplamente compartilhados nas redes sociais a partir de 16 de julho, gerando uma onda de indignação pública. O MPPA, após ser notificado, começou a acompanhar as investigações da Polícia Civil, que já havia iniciado um inquérito. O caso foi discutido em reuniões com familiares de pessoas autistas e vídeos das declarações, bem como um pedido de desculpas posterior, foram incorporados ao processo.
O dirigente local da Assembleia de Deus prestou depoimento em 19 de julho, e o pastor Washington Almeida foi ouvido em 22 de julho. Durante a oitiva, foi confirmado que as postagens ofensivas haviam sido removidas das redes sociais. No dia 2 de agosto, o MPPA ajuizou uma Ação Civil Pública por danos morais coletivos contra Almeida e a Assembleia de Deus de Tucuruí. Finalmente, em 7 de agosto, o MPPA formalizou a denúncia criminal com base na Lei 13.146/15, que protege os direitos das pessoas com deficiência.
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