Um grupo de trabalhadores do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP) identificaram um caso de uso irregular pelo convênio médico da instituição. O caso em questão é de procedimentos de cirurgia plástica, que oficialmente, constam como procedimentos corretivos.
Em denúncia feita ao Estado do Pará Online, os servidores relatam que André Rabelo Queiroz, que ocupava o cargo de Coordenador de Gestão de Saúde, teria solicitado um procedimento médico para que a esposa fizesse a correção de uma diástase abdominal. No entanto, na prática, a mulher foi submetida a um série de procedimentos estéticos como lipoaspiração, lipoenxertia e mastopexia. Os procedimentos ocorreram em janeiro de 2024.
A diástase abdominal é causada pelo afastamento dos músculos retos abdominais e do tecido conjuntivo da região, sendo uma das causas mais comuns de flacidez abdominal. Embora a condição seja considerada comum em mulheres que já tiveram uma gestação, ela também pode acontecer em homens, crianças e mulheres que não estejam grávidas, uma vez que a diástase pode ser causada também por problemas musculares ou exercícios físicos mal executados.
No entanto, tanto as cirurgias plásticas como o procedimento para correção da diástase abdominal são procedimentos eletivos. Logo, pode ser previamente agendado e não demanda urgência, como consta no documento de solicitação do procedimento.
Os servidores denunciam o caso, que infringe as diretrizes do IASEP, caracterizando improbidade administrativa, já que outros servidores relataram precisar de procedimentos como retirada de cálculo renal e pedra na vesícula e não conseguirem realizá-los pelo plano.
Ao denunciarem o caso, André Rabelo Queiroz foi afastado de suas funções, mas segundo os denunciantes, o caso não foi investigado a fundo.
O Estado do Pará Online entrou em contato com o IASEP para esclarecimentos sobre o caso e aguarda retorno.
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