No domingo (21), durante o encerramento do período de danças da Marujada no Teatro Museu da Marujada, em Bragança, um momento ganhou destaque nas redes sociais e entre os moradores do município. O recém-ordenado Padre Daniel Brito participou da roda de dança, ao lado de marujos e marujas, em um gesto associado à valorização da cultura tradicional bragantina.
Marujada como expressão identitária
A cena ocorreu no contexto da Festividade de São Benedito, uma das mais antigas manifestações culturais do Pará. Para integrantes do grupo e frequentadores do evento, a participação do padre foi interpretada como demonstração de pertencimento e continuidade de uma tradição transmitida entre gerações, marcada pela música, pela dança e pela ocupação coletiva do espaço cultural.
Filho da cidade, Padre Daniel acompanhou desde jovem o ciclo da Marujada, que mobiliza famílias, grupos culturais e visitantes ao longo do período festivo. Nas redes sociais, comentários destacaram o gesto como sinal de proximidade com a cultura popular e respeito às raízes locais.
Repercussão e contexto
O episódio ocorreu no mesmo dia em que Padre Daniel celebrou sua primeira missa em Bragança, após a ordenação pela Ordem dos Clérigos Regulares de São Paulo, os Barnabitas. Apesar do marco institucional, foi a participação na Marujada que ganhou maior repercussão pública, sendo compartilhada como símbolo da relação entre identidade local e tradição cultural.
A presença do padre na dança reforçou, para parte da comunidade, a leitura de que a Marujada segue sendo um espaço de expressão coletiva, capaz de reunir diferentes trajetórias em torno de uma mesma herança cultural.











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