Prefeita de Oeiras explica tumulto durante emissão de carteiras de pescador e promete reforço na organização - Estado do Pará Online

Prefeita de Oeiras explica tumulto durante emissão de carteiras de pescador e promete reforço na organização

Gilma Ribeiro afirma que interveio após servidoras da Polícia Civil relatarem ameaças; atendimento do RGP seguirá com regras rígidas de ordem e segurança.

A prefeita de Oeiras do Pará, Gilma Ribeiro (PP), se pronunciou depois que vídeos de uma discussão entre ela e duas mulheres, durante o atendimento para emissão das novas carteiras do Registro Geral da Pesca (RGP), circularam nas redes sociais. Em comunicado à população, a gestora detalhou o que motivou o confronto e reafirmou o compromisso da administração municipal com a organização, a segurança e o respeito aos cidadãos.

Segundo Gilma, o município recebeu uma equipe da Polícia Civil do Pará como parte de uma ação itinerante do governo estadual, que passará pelos 144 municípios para emitir o novo documento obrigatório para pescadores. A carteira é fundamental para garantir o direito ao seguro-defeso a partir de 2026, de acordo com o Decreto 12.527.

Oeiras do Pará tem cerca de 10 mil pescadores cadastrados, mas a capacidade do atendimento itinerante é limitada: apenas 300 carteiras podem ser emitidas por dia, totalizando 1.500 ao longo dos cinco dias previstos. “Sabemos da importância desse documento para nossa comunidade de pescadores, muitos deles vivem dessa atividade há gerações”, afirmou a prefeita.

Gilma relatou que decidiu ir pessoalmente ao local após ser informada de que um servidor da Polícia Civil havia sido ameaçado por algumas pessoas na fila que exigiam atendimento imediato. Segundo ela, uma das servidoras estava assustada com a situação.

Ao chegar à quadra onde ocorria o atendimento, a prefeita disse ter encontrado um grande grupo de pescadores — incluindo moradores da zona urbana e rural — e duas mulheres “exaltadas”, que, segundo a gestora, desrespeitaram a ordem estabelecida e se recusaram a seguir o sistema de senhas. A prefeita afirma que, após tentativas de diálogo, as mulheres partiram para agressões verbais.

“Sou autoridade deste município e não admito nenhum tipo de violência ou desrespeito. Todos somos iguais”, declarou.

Depois do tumulto, as duas mulheres deixaram o local e o atendimento seguiu normalmente.

Gilma afirmou que acompanhará pessoalmente todos os dias da ação itinerante para garantir que os servidores sejam tratados com respeito e que os pescadores recebam atendimento justo. “Esses servidores deixaram suas casas e famílias para prestar um serviço essencial ao nosso povo — e precisam se sentir acolhidos”, disse.

A prefeitura reforçou que não haverá distribuição de senhas fora da ordem e pediu colaboração da população para que o processo ocorra com tranquilidade.

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