As investigações sobre uma rede especializada em fraudes bancárias e golpes digitais levaram a Polícia Civil do Pará a cumprir, entre quarta (26) e sexta-feira (28), dez mandados de prisão. A ofensiva também incluiu 13 buscas e apreensões em endereços ligados aos alvos.
A maior parte dos suspeitos foi encontrada em São Paulo, onde nove prisões ocorreram. O décimo investigado estava no Pará. O grupo atuava com diferentes esquemas, do golpe do “falso parente” à invasão de contas bancárias, passando por ofertas fraudulentas de serviços e produtos.
A delegada Vanessa Lee, titular da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), detalhou a estrutura usada pelo grupo: “Os criminosos utilizavam recursos tecnológicos avançados para a prática dos delitos, que incluíam o golpe do ‘falso parente’ e fraudes bancárias com a invasão de contas bancárias e esquemas de golpes digitais em que prometiam a venda de serviços e bens, solicitando pagamentos posteriores das vítimas. A complexidade dos crimes e a dispersão dos locais de ação em diversos municípios, incluindo a capital paulista, demandaram o apoio de vários peritos em informática computacional para a análise e coleta de evidências.”
Durante uma das buscas no Pará, outra irregularidade apareceu. A Polícia Científica identificou posse e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, o que levou a uma prisão em flagrante independente das fraudes apuradas na operação.
O delegado-geral Raimundo Benassuly afirmou: “Todas estas ações representam o compromisso da Polícia Civil do Estado do Pará no combate rigoroso aos crimes cibernéticos e, para isso, nossos policiais utilizam todos os recursos de inteligência e perícia disponíveis, além do apoio de outros órgãos do Estado.”
Os suspeitos foram levados às unidades policiais e tiveram os procedimentos legais formalizados. Eles seguem à disposição da Justiça enquanto as apurações prosseguem.