Durante a COP30, em Belém, o governo do Pará firmou com a Califórnia um memorando de cooperação voltado ao combate e prevenção de incêndios florestais. O acordo foi articulado no âmbito da GCF Task Force, rede internacional criada pelo ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, para integrar governos subnacionais na agenda climática.
Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, o documento prevê o intercâmbio de tecnologias de monitoramento remoto, inteligência artificial aplicada à detecção antecipada de focos de calor e metodologias de manejo do fogo já usadas na Califórnia, onde incêndios de grande escala ocorrem anualmente.
Inovação e economia verde
O governo paraense informou que a parceria também se conecta ao conceito do Vale Bioamazônico, iniciativa apresentada durante a conferência para aproximar pesquisa científica, startups ambientais e comunidades tradicionais. A expectativa é criar pontes com centros de inovação do Vale do Silício para o desenvolvimento de soluções aplicadas à bioeconomia e à mitigação de incêndios.
Representantes da GCF afirmaram que a cooperação entre estados pode acelerar políticas de transição para economias de baixo carbono. Em nota, a organização destacou que a estratégia busca fortalecer ações locais em países com florestas tropicais sob pressão de desmatamento e queimadas.
Foco global no manejo do fogo
A gestão de incêndios ganhou destaque na COP30 após recordes recentes de queimadas em biomas como Amazônia e Cerrado. Publicações internacionais, como Reuters e The Guardian, registraram que o tema avançou entre compromissos multilaterais firmados no evento, embora o texto final não tenha estabelecido consenso sobre a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
Além do acordo com a Califórnia, o Pará assinou um segundo memorando envolvendo estados amazônicos, instituições científicas e a GCF Task Force, com foco em pesquisa, monitoramento climático e inclusão social em políticas ambientais.
A força-tarefa reúne representantes de 11 países e mais de 40 governos subnacionais, incluindo nove estados da Amazônia Legal.











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