O caso envolvendo a morte da estudante de Medicina Veterinária Yasmim Macedo, 21 anos, ocorrida em dezembro de 2021 durante um passeio de lancha em Belém, entrou em uma etapa decisiva. O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o trânsito em julgado da decisão que determina que o réu, Lucas Magalhães, seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri — o que significa que não cabem mais recursos contra essa determinação.
Com isso, o processo voltou ao Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e seguirá para análise na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. A próxima fase será o agendamento da data do júri popular, etapa aguardada pelas famílias e por todos que acompanham o caso há mais de três anos.
Homicídio por dolo eventual
Lucas Magalhães, proprietário da lancha onde Yasmim desapareceu na noite de 12 de dezembro de 2021, no rio Maguari, responderá principalmente pelo crime de homicídio por dolo eventual. Nesse enquadramento, a Justiça entende que, mesmo sem intenção direta de matar, o acusado assumiu o risco de provocar a morte por meio de condutas imprudentes ou omissas.
Além do homicídio, Lucas também foi investigado por fraude processual relacionada ao episódio. O corpo de Yasmim foi encontrado no dia seguinte ao desaparecimento, o que gerou grande comoção no Pará e mobilizou campanhas nas redes sociais em busca de respostas e responsabilização.
Júri popular definirá destino do réu
Com a confirmação do STF, Lucas será julgado por um Conselho de Sentença formado por sete jurados, que irão avaliar as provas apresentadas em plenário antes de decidir pela condenação ou absolvição.
A expectativa agora é pela definição da data do júri, considerada a etapa mais aguardada de um dos casos de maior repercussão no estado nos últimos anos. O julgamento deve representar um marco para o desfecho do processo e para a busca de justiça pela família de Yasmim.
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