A Polícia Civil do Pará prendeu nove pessoas durante a terceira fase da operação “Filhos da Ira”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) em Belém e na Região Metropolitana. Os detidos são investigados por tentativa de homicídio, associação criminosa, tumulto desportivo, lesão corporal, corrupção de menores e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE/DIOE), que cumpriu mandados de prisão preventiva solicitados após avanço das investigações.
Segundo o delegado Marcos André Araújo, diretor da DPTGE, esta etapa dá continuidade ao trabalho iniciado em julho deste ano. “Um grupo específico de integrantes de uma torcida organizada do Clube do Remo promoveu um ataque a torcedores rivais. As diligências nos forneceram elementos suficientes para solicitar a prisão preventiva dos envolvidos, cumprida nesta manhã”, afirmou.
A polícia informou que entre os presos há investigados com passagens por homicídio, latrocínio, roubo e outras ocorrências ligadas a brigas de torcidas organizadas.
Relembre o caso
O ataque ocorreu em 24 de julho, no bairro da Sacramenta, em Belém, quando integrantes de uma torcida organizada do Clube do Remo agrediram um torcedor rival. Vídeos gravados por moradores mostram cerca de dez homens utilizando paus, pedras e barras de ferro contra a vítima, que continuou sendo agredida mesmo após cair inconsciente.
“Além dos policiais da DPTGE, contamos com o apoio operacional das equipes plantonistas da DIOE e da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), ambas da Diretoria de Polícia Especializada, além do Núcleo de Inteligência Policial para monitoramento dos alvos”, explicou o delegado Marcos André.
Ele destacou que a operação visa desarticular uma associação criminosa infiltrada em uma torcida organizada do Clube do Remo e reafirmar o compromisso da corporação com a segurança em eventos esportivos. “A operação busca a repressão qualificada à violência esportiva e a preservação da ordem pública”, concluiu.
Os presos foram levados para a sede da DIOE, onde passaram pelos procedimentos legais e permanecem à disposição da Justiça.
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