Mesmo em meio a um ambiente político conturbado, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) continua a se destacar nacional e internacionalmente. Prova disso é o novo interesse demonstrado pela China em estabelecer parcerias com a instituição, desta vez voltadas para um amplo projeto de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas com espécies nativas da Amazônia.
A informação foi destacada pela ex-reitora da UFRA, Profa. Dra. Herdjania Veras, que enfatizou o papel ativo da instituição e de seus pesquisadores na construção de oportunidades. “Seja como instituição ou como pesquisadores, nós construímos essas oportunidades. Essa parceria e credibilidade com a China foram conquistadas por nós, e ninguém irá apagar isso”, afirmou.
A declaração, contudo, levanta uma série de questionamentos dentro da comunidade acadêmica, especialmente diante do atual contexto administrativo da universidade.
Intervenção na UFRA e silêncio institucional
Com o Presidente da República em Belém por quase 15 dias, membros da comunidade universitária se perguntam se o chefe do Executivo está ciente da situação da UFRA, que se encontra sob intervenção.
Para representantes acadêmicos, a proximidade física do presidente com a universidade durante sua estadia em Belém torna ainda mais relevante a ausência de diálogo direto com a comunidade da UFRA.
Expectativa por respostas e transparência
Entre docentes e servidores, há quem tema que, no futuro, a própria comunidade possa ser cobrada por não ter levado tais informações ao Presidente. “Assim como ocorreu com os povos indígenas, que procuraram o presidente para dialogar sobre suas demandas, poderíamos nós ser questionados sobre a ausência de informações a respeito deste acordo e da situação institucional da universidade”, afirmam integrantes do movimento docente.
A equipe de reportagem do Estado do Pará Online entrou em contato com a UFRA para saber sobre o caso, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu resposta.










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