Entre o calor típico da cidade, a movimentação das ruas, o aroma e sabores amazônicos, líderes, autoridades públicas, comunidade científica e sociedade civil de diversos países participam, em Belem, COP30, o maior evento sobre mudanças climáticas do mundo organizado pela ONU, que inicia nesta segunda-feira (10) e segue até o próximo dia 21 de novembro.
Nos corredores do evento, a expectativa é grande. Segundo Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, a conferência deve ser marcada por uma “briga de agendas”, já que cada país levará suas próprias propostas e prioridades para as duas semanas de negociações.
“Para tentar reduzir conflitos, muitas reuniões preparatórias entre os países antes do evento, o chamado dia zero, já foram realizadas, buscando alinhamento sobre os principais temas. Na realidade, foram reuniões que cada país quis apresentar as suas demandas”, disse.
Nesse contexto, ainda de acordo com a representante do Observatório do Clima, entre os assuntos que devem dominar o debate estão:
Financiamento público – países em desenvolvimento reforçam a necessidade de recursos das nações ricas para enfrentar a crise climática;
Avaliação das metas climáticas – momento de apresentar o progresso das metas firmadas em acordos anteriores, com atenção especial aos países insulares, os mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global.
Stela Herschmann também destacou a Carta de Belém, anunciada durante a Cúpula dos Líderes, nos dias 6 e 7 de novembro. Para ela, o documento representa um esforço do governo brasileiro para criar mecanismos efetivos que garantam o cumprimento das decisões tomadas em eventos climáticos anteriores e nesta COP30.
“A carta mostra a disposição do Brasil em cobrar resultados concretos, especialmente no combate ao desmatamento, na transição para fontes de energia limpa e na redução do uso de combustíveis fósseis, medidas essenciais para frear a crise climática”, afirmou Stela.
Nesse mesmo contexto, com o início oficial da COP30 nesta segunda-feira, promete não apenas discussões políticas, mas também passos concretos para enfrentar a emergência climática global.
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