O governador do Pará, Helder Barbalho, reagiu com firmeza às declarações do presidente americano Donald Trump, que durante entrevista recente questionou a construção da avenida Liberdade, em Belém. Trump afirmou que o projeto seria um exemplo de “contradição ambiental” no discurso de países que cobram ações climáticas dos Estados Unidos.
A declaração do líder americano gerou repercussão imediata. Em resposta, Helder lamentou a ausência da comitiva dos EUA nos encontros bilaterais sobre clima realizados em Belém e cobrou responsabilidade das grandes potências nas discussões sobre mudanças climáticas.
“Os EUA são o principal país emissor do mundo. Negacionismo ambiental não colabora”, afirmou o governador.
A avenida Liberdade, que pretende interligar a capital paraense à Alça Viária, é uma das principais obras de mobilidade em andamento no estado. O projeto tem o objetivo de reduzir o congestionamento urbano e facilitar o transporte entre Belém e municípios da Região Metropolitana. No entanto, também tem sido alvo de questionamentos de ambientalistas, que pedem mais transparência nos estudos de impacto ambiental.
Helder defendeu que a iniciativa é parte de um planejamento mais amplo de infraestrutura sustentável e criticou a tentativa de desqualificação vinda de fora.
“O Pará está fazendo o que os Estados Unidos deveriam fazer: investir em desenvolvimento com responsabilidade ambiental. Não precisamos de lições de quem ainda nega a crise climática”, declarou.
As falas reforçam a tensão entre discurso e prática nas políticas ambientais globais. Enquanto o Pará busca equilibrar crescimento econômico e preservação, o negacionismo de líderes como Trump volta a ser visto como um obstáculo para os esforços internacionais de enfrentamento das mudanças climáticas.
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